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Escultura

A escultura barroca caracterizou-se pela ideia de grande atividade e movimento, onde transmitia a emoções e dramatismos, esta ficou marcada pela exuberância das formas, pelas expressões teatrais e pelo movimento. Esta impressão foi criada pela combinação cuidadosa de massa e espaço, e o recurso a novos materiais, tais como estuque e gesso.

Foram especialmente imaginativas as esculturas barrocas alemã e austríaca.

Por vários motivos, o clímax do desenho barroco pode ser visto na criação de vastos jardins, como os do palácio de Versalhes, onde o homem parecia ser o controlador absoluto da natureza.

Os jardins barrocos realçaram o lado dramático do uso da água em cascatas, fontes e canais.

O Rapto de Prosérpina

O Rapto de Prosérpina é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680), considerado um dos maiores artistas do século XVII, tendo seu trabalho quase todo centrado na cidade de Roma.

O mito romano do rapto de Prosérpina por Plutão é uma lenda que também aparece na cultura grega, onde Plutão se chama Hades e Prosérpina é Perséfone, que encantou o obscuro deus com sua beleza, filha da deusa das colheitas Deméter.

Ela é raptada por Plutão e levada para as profundezas da Terra, deixando sua mãe enfurecida.

O rapto fez com que Deméter castigasse o mundo, arrasando com as plantações, entregando o mundo ao caos e à fome.

 

Conta-se que Perséfone não podia comer nada que lhe fosse oferecido ou ela nunca mais voltaria para casa. Enquanto Zeus tentava convencer Plutão a liberar a moça tamanho era o desespero de sua mãe, Perséfone comeu algumas sementes de romã, selando o seu destino. Assim, ela se viu obrigada a casar com Plutão, o que deixou Deméter ainda mais furiosa.

 

Chegaram a um acordo e, Perséfone passaria metade do ano com o marido e a outra metade com a mãe.

Dessa maneira, Deméter aceitou e assim os gregos explicavam as épocas do ano.

Quando era verão e primavera, sua filha estava ao seu lado. No inverno e no outono, épocas frias, sem colheitas, Perséfone estava com o marido.

Deméter ficou satisfeita com tal arranjo e, sempre que Prosérpina sobe à terra, sua mãe restitui favores sobre esta; assim, durante metade do ano, brinda a terra com as estações da Primavera e do Verão, representando sua felicidade pela presença de sua filha; quando esta retorna ao submundo na outra metade do ano, sua mãe fica triste, e surgem o Outono e o Inverno. 

No fundo, esta estória de Deméter (ou Ceres) e Prosérpina é uma alegoria; a filha representa a semente do trigo, que, quando enterrada no chão, ali fica escondida, ou seja, é levada pelo deus do submundo. Depois, reaparece; quando ela é restituída à sua mãe, e a Primavera surge, com os grãos dando frutos e as flores desabrochando (é o período da colheita).

 

A Cabra Amalteia com o Infante Júpiter e um Fauno

A Cabra Amalteia com o Infante Júpiter e um Fauno é uma escultura do barroco de Gian Lorenzo Bernini.

O mito da cabra Amalteia é uma lenda herdada da mitologia grega e adaptada posteriormente pelos romanos, que conta que Amalteia é a cabra que alimentou com o seu leite o deus Júpiter, Zeus na mitologia grega, quando criança e que ao brincar com ela, o pequeno deus teria quebrado um de seus chifres.

Por gratidão aos cuidados a ele desprendidos, Júpiter transformou este chifre na Cornucópia que é o corno da abundância atribuído como símbolo à maior parte das personificações romanas, que se vê nos reversos das moedas.

O Êxtase De Santa Teresa

O Êxtase de Santa Teresa ou a Transverberação de Santa Teresa (1647–1652) é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini um dos maiores escultores do século XVII, representando a experiência mística de Santa Teresa de Ávila trespassada por uma seta de amor divino por um anjo, realizada para a capela do cardeal Federico Cornaro.

A madre Teresa de Jesus, nascida Teresa de Cepeda y Ahumada morreu em Alba de Tormes em 4 de Outubro de 1582.

Esculpida durante o período de 1645-1652, seguindo as tendências do estilo barroco, hoje ela se encontra em um nicho em mármore e bronze dourado na Capela Cornaro, Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma.

A beleza da obra se deve ao uso da iluminação e da fidelidade da escultura, que conferem à obra sensibilidade, pois o escultor aplicava em suas esculturas o uso de corpos alongados, gestos expressivos, expressões mais simples mas mais emocionadas.

Bernini seguia as determinações da Igreja Católica Romana, que diziam que a arte religiosa deveria ser inteligível e realista, e servir, acima de tudo, como um estímulo emocional à religiosidade.

Bernini serviu a Cidade do Vaticano durante muito tempo, criando esculturas feitas por pedido.

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